quarta-feira, maio 25, 2011

Proteção de araucárias no sul do país está sob ameaça

Os esforços para conservar a mata de araucárias, vegetação típica do Sul e um dos ecossistemas menos preservados no Brasil, têm esbarrado na resistência de proprietários rurais e na falta de estrutura do governo federal.
Das oito unidades de conservação planejadas pelo Ministério do Meio Ambiente, a serem criadas no Paraná e em Santa Catarina, duas estão engavetadas por pressão de ruralistas e outras duas que já foram criadas estão sendo questionadas na Justiça por produtores.
Das outras quatro reservas decretadas, três ainda enfrentam resistências de parte dos proprietários, que dificultam o andamento das ações de preservação.
Até agora, nenhum proprietário cujas terras foram incluídas nas reservas foi indenizado --só a partir disso a área é considerada pública. No Paraná, a região em que estão as reservas é uma das principais produtoras de soja e milho e até hoje há fazendeiros no local. Em outras unidades, há também criação de gado, exploração de pinus e cultivo de erva-mate.
Os produtores, que não precisam sair enquanto não forem indenizados, argumentam que as áreas atingidas estão antropizadas (ocupadas pelo homem) há décadas e que não faz sentido incluí-las nas unidades. Para eles, as reservas foram criadas para o governo "mostrar serviço", sem checar se de fato havia ou não o que preservar.
"Eles não vieram in loco. Pegaram uma foto [de satélite] e disseram: 'Aqui tem verdinho. Vamos fazer um parque aqui'", diz Gustavo Ribas Netto, 40, cuja propriedade foi integralmente incluída no Parque Nacional dos Campos Gerais (a 120 km de Curitiba).
Sua fazenda, de mil hectares, produz aproximadamente 1.200 toneladas de soja, milho e feijão por ano. Lá também são criadas cerca de 900 cabeças de gado.
O Ministério do Meio Ambiente diz que é possível --e necessário-- recuperar as áreas degradadas, para garantir a preservação da mata de araucárias. Hoje, só restam 3% desse ecossistema.
"A pressão [sobre as áreas preservadas] é contínua e crescente", afirma João de Deus Medeiros, diretor do departamento de Florestas do ministério. "Temos que trabalhar com a perspectiva de recuperação."
Medeiros também diz que houve "intenso" trabalho de campo e realização de várias audiências públicas --a despeito da resistência de alguns proprietários na época.
Segundo ele, algumas audiências foram feitas com proteção da Polícia Federal e biólogos do ministério chegaram a ser agredidos. Até agora, todas as ações que pediam na Justiça a revisão das áreas de conservação foram negadas. Alguns produtores, porém, continuam recorrendo das decisões, inclusive no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no STF (Supremo Tribunal Federal).
Na opinião deles, o governo poderia ter criado unidades de conservação mistas, que permitissem a participação dos proprietários. "A gente aprende a preservar desde pequeno. Isso aqui é nossa herança", diz Vespasiano Bittencourt, 53, cuja propriedade (que tem 50% da área preservada) foi incluída numa das reservas.
O Ministério do Meio Ambiente, por sua vez, afirma que foi aberto um prazo para a apresentação de propostas de RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) para as regiões atingidas, mas diz que nada foi apresentado.

fonte: http://folha.com/am916277

Google e Citigroup investirão US$ 110 mi em energia eólica

O Google e o Citigroup investirão cada um US$ 55 milhões no projeto Alta 4, da Terra-Gen Power, capaz de gerar 102 megawatts de energia na Califórnia, afirmaram as companhias.
O projeto deve se tornar um dos maiores geradores de energia eólica dos Estados Unidos --com capacidade de abastecer 450 mil casas.
A Terra-Gen Power, que trabalha com energia renovável, está construindo o projeto Awec (Alta Wind Energy Center), com capacidade de geração eólica de 1.550 MW, em várias fases, das quais cinco já foram concluídas.
O Google e o Citi irão comprar o projeto e alugá-lo de volta por meio de leasing para a Terra-Gen, que vai administrá-lo e operá-lo sob um contrato de longo prazo, afirmou o Google em comunicado.
A Terra-Gen é afiliada da ArcLight Capital Partners e da Global Infrastructure Partners.
Com o acordo, os investimentos do Google no setor de energia limpa totalizam R$ 400 milhões de dólares. Como parte dos planos de reduzir suas emissões de carbono, o Google tem participado de projetos de energia renovável a fim de gerar energia para seus datacenters.
fonte: http://folha.com/me920379

Palha no solo de canavial reduz emissões de CO2, diz pesquisa

Em tempos em que até show de rock tenta reduzir as emissões de gás carbônico, um estudo da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Jaboticabal diz que deixar a palha no solo dos canaviais minimiza as emissões de CO2.
A pesquisa fez medições em um canavial no interior de São Paulo, com a ajuda de um aparelho que detecta as variações de CO2.
No experimento, a plantação foi dividida em três áreas""uma coberta com 100% de palha, outra com metade e a terceira com o chão nu.
A conclusão é que as áreas cobertas com palha emitiram 400 quilos menos carbono, o que corresponde a quase 1.500 kg de CO2. Isso significa uma redução de cerca de 20% nas emissões, comparadas à área sem palha.
O cálculo considera as emissões do diesel usado pelas máquinas no campo, dos fertilizantes sintéticos e do calcário aplicado na terra.
A tese de Newton La Scala Júnior, coordenador do trabalho, é que, mantendo a palha no chão, o produtor pode compensar as emissões.
"O que não sabíamos é que a simples retirada da palha causa emissões tão altas de CO2", diz o cientista.
Na prática, a palha tem sido cada vez mais usada para a cogeração de energia.
Em geral, as usinas que fazem cogeração usam cerca de 70% da palha do chão para transformá-la energia, de acordo com o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira).
Além disso, lavouras que não geram energia, mas ficam em lugares que têm muita umidade, normalmente retiram toda a palha do solo.
No experimento, o chão forrado com 100% de palha e com metade desse material deixaram de emitir quantidade semelhante de CO2.
Mas, na opinião de La Scala, o ideal é deixar toda a palha, pois com o tempo o solo pode ficar descoberto.

fonte:http://folha.com/ci919002

terça-feira, maio 24, 2011

O plástico "verde" do Brasil

Cada vez mais, são desenvolvidas variedades de plástico feitas de matéria-prima renovável. No Brasil, o aproveitamento de sobras vegetais da indústria canavieira pode gerar uma produção sustentável.

 Quase já não é possível imaginar o nosso mundo sem plástico. Até mesmo quando se trata de conservação ambiental, essa espécie de "matéria-prima da vida moderna" também possui um papel importante. Por motivos bastante óbvios: o plástico convencional provém, em sua maioria, do petróleo.
De todos os estoques mundiais do óleo bruto, cerca de 4% são destinadas à fabricação do produto. Durante o processo industrial, são liberados na atmosfera seis quilos de CO2 para cada quilograma de plástico produzido. Considerando ainda o ritmo acelerado com o qual as reservas naturais de petróleo estão se extinguindo, logo se conclui o porquê das alternativas sustentáveis ao plástico terem sido tão bem-sucedidas nos últimos anos – especialmente na indústria de embalagens.
O plástico "verde" – ou o bioplástico – é composto geralmente por plantas como a cana-de-açúcar, o trigo, o milho ou a batata, mas também por óleo vegetal. Dificilmente pode-se encontrar algum produto doméstico para o qual ainda não haja ou esteja sendo desenvolvida uma alternativa em bioplástico. As aplicações do material incluem desde estruturas para celular e talheres descartáveis até sacolas de supermercado e vasos de flores, passando por sapatos e fraldas.
Para os especialistas, esse é apenas um elemento da crescente demanda por produtos sustentáveis, causada pela explosão no mercado de alimentos orgânicos nos últimos anos. "Hoje é bem melhor ter uma imagem 'ecológica' do que uma convencional. E as empresas tiram proveito disso", analisa Norbert Voell, representante da Duales System GmbH – sociedade responsável pelo Ponto Verde, sistema de reciclagem de lixo na Alemanha. "Evidentemente, é melhor saber que os legumes orgânicos que se compra no supermercado vêm embalados de forma ecológica do que no saco plástico convencional".
Grandes negócios
A tendência despertou reação também nas empresas responsáveis pelo produto tradicional, feito de petróleo – além de um investimento multimilionário em pesquisas e métodos de produção "verdes". O grupo de gigantes globais desse ramo inclui, entre outros, a corporação agrícola estadunidense Cargill, a empresa italiana Novamont e a companhia química alemã BASF.
Materiais plásticos biodegradáveis como o poliactide, derivado de milho, já estão em uso em algumas das maiores redes de supermercados e multinacionais da indústria alimentícia, tais quais o Wal-Mart ou a Coca-Cola.
O plástico "verde" é responsável ainda por grandes negócios em solo brasileiro. No país, líder mundial na produção de açúcar, a empresa petroquímica Braskem utiliza a crescente indústria nacional de etanol canavieiro para produzir o bioplástico.
Do bagaço ao ecologicamente correto
No entanto, questionamentos foram levantados quanto à nova alternativa. Um deles discute se a sua produção não irá promover o desmatamento ou estancar as plantações de alimentos, assim como supostamente teria acontecido com o biocombustível. "Os argumentos apresentados quando se trata de bioplástico são parecidos com os relativos ao óleo de dendê", aponta Voell, se referindo ao sul da Ásia, onde enormes áreas florestais são erradicadas a cada ano para dar lugar a lucrativas lavouras de palmas.
A fim de reagir às críticas, pequenos projetos procuram sair do padrão e, ainda assim, integrar a explosão da indústria canavieira. Um deles, concebido numa parceria entre Brasil e Alemanha, no Senai Climatec de Salvador (BA), produz plástico a partir dos restos da cana-de-açúcar, que são descartados pelas fábricas de etanol da região.
Os chamados "bagaços" costumam ser queimados, resultando em grandes emissões de dióxido de carbono na atmosfera. O objetivo é transformar o produto reciclado no futuro plástico convencional e, com isso, sobrepor outro grande setor econômico do país: a indústria automotiva.
Mercado ainda pequeno
O avanço comercial do plástico "verde" parece inevitável. Todavia, até o momento, a variante ecológica representa apenas um percentual menor do que 1% no mercado global de plástico. E a associação industrial Plásticos Europeus acredita que o montante não deve crescer mais do que 5 a 10% nos próximos anos.
"A questão está nos altos custos de produção, mas também no fato do bioplástico ser pior em termos de manipulação e tratamento termomecânico em comparação com o material tradicional", afirma Michael Niaounakis, especialista em polímeros do Instituto Europeu de Patentes de Haia.
Menos dióxido de carbono?
Ainda assim, os especialistas veem um verdadeiro potencial no bioplástico para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e, com isso, adiar as mudanças climáticas. O produto "verde" subjuga o convencional por demandar menos energia em sua produção e por ser livre de toxinas. Mas, a princípio, são necessários mais estudos científicos para se comprovar o quão sustentável, de fato, é o bioplástico.
"O fato de ele ser feito com matéria-prima renovável não o faz automaticamente melhor para o meio ambiente", ressalva Gerhard Kotschik da Agência Federal do Meio Ambiente na Alemanha. "É preciso considerar todo o ciclo de produção. Para, só então, dizer se o bioplástico é mais ecologicamente correto do que o feito de petróleo".
Com a reciclagem do bagaço da cana-de-açúcar, contudo, os produtores de plástico de Salvador, na Bahia, oferecem uma primeira resposta positiva.

Autora: Sonia Phalnikar (mdm)
Revisão: Roselaine Wandscheer

Site: http://www.dw-world.de/dw/0,,607,00.html

quinta-feira, maio 19, 2011

Novo Código Florestal

Entenda a polêmica sobre o novo codigo florestal
A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do polêmico projeto do novo Código Florestal, proposto pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
A proposta, que já sofreu diversas modificações desde que foi apresentada pela primeira vez, dividiu ruralistas, ambientalistas e acadêmicos.
Entenda a polêmica em torno do novo Código Florestal:
O QUE É O CÓDIGO FLORESTAL?
Criado em 1965, o Código Florestal regulamenta a exploração da terra no Brasil, baseado no fato de que ela é bem de interesse comum a toda a população.
Ele estabelece parâmetros e limites para preservar a vegetação nativa e determina o tipo de compensação que deve ser feito por setores que usem matérias-primas, como reflorestamento, assim como as penas para responsáveis por desmate e outros crimes ambientais relacionado. Sua elaboração durou mais de dois anos e foi feita por uma equipe de técnicos.
POR QUE ELE PRECISA SER ALTERADO?
Ambientalistas, ruralistas e cientistas concordam que ele precisa ser atualizado, tanto por ter de se adaptar à realidade brasileira, mas também porque ele foi modificado várias vezes por decreto e medidas provisórias e seria necessário algo mais sólido.
No entanto, os envolvidos divergiram em relação à urgência de votá-lo. A bancada ruralista queria aprová-lo rapidamente para pôr fim à "instabilidade jurídica", que dá margem a diversas interpretações em alguns pontos polêmicos. Os especialistas defendiam uma modernização, mas queriam adiar a votação para dar tempo a uma discussão mais ampla do projeto. Já a chamada bancada verde quer mudanças, porém diferentes das propostas de Rebelo.
O QUE SÃO AS APPS, UM DOS PRINCIPAIS PONTOS DE DISCÓRDIA?
As chamadas Áreas de Preservação Permamente (APPs) são os terrenos mais vulneráveis em propriedades particulares rurais ou urbanas. Como têm uma maior probabilidade de serem palco de deslizamento, erosão ou enchente, devem ser protegidas. É o caso das margens de rios e reservatórios, topos de morros, encostas em declive ou matas localizadas em leitos de rios e nascentes. A polêmica se dá porque o projeto de Rebelo flexibiliza a extensão e o uso dessas áreas, especialmente nas margens de rios já ocupadas.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE APP E RESERVA LEGAL?
A Reserva Legal é o pedaço de terra dentro de cada propriedade rural --descontando a APP-- que deveria manter a vegetação original para garantir a biodiversidade da área, protegendo sua fauna e flora. Sua extensão varia de acordo com a região do país: 80% do tamanho da propriedade na Amazônia, 35% no Cerrado nos Estados da Amazônia Legal e 20% no restante do território. Os ambientalistas criticam a proposta do Novo Código que isentaria a recomposição da reserva legal para pequenos produtores.
POR QUE ELE CAUSA TANTA POLÊMICA?
Em junho de 2010, o deputado e relator Aldo Rebelo apresentou uma proposta com uma série de mudanças para alterá-lo. A aprovação final do novo Código emperrou justamente porque ele sofreu críticas de diversos setores políticos, de ambientalistas e de muitos acadêmicos.
A bancada ruralista, que defende boa parte das mudanças propostas originalmente, afirma que o Código Florestal em vigor atrapalha o desenvolvimento do país. Afirmam que ele foi criado em um momento em que a agricultura e a pecuária tinham baixa produtividade e que a alteração é necessária porque é preciso mais terra para ampliar a produção.
Sem as mudanças, dizem, não conseguirão suprir a crescente demanda de alimentos e o setor agropecuário brasileiro ficaria em desvantagem no cenário mundial.
Já os ambientalistas rebatem, afirmando que as terras já exploradas são suficientes para dobrar a produção, basta aprimorar a eficiência nas lavouras e nos pastos por meio de tecnologia e uso sustentável na agricultura e pecuária.
Organizações de defesa do meio ambiente --e boa parte da academia-- afirmam que as mudanças no Código abrem brechas para aumentar o desmatamento e podem pôr em risco serviços ambientais básicos, como o ciclo das chuvas e dos ventos, a proteção do solo, a polinização, o controle natural de pragas, a biodiversidade, entre outros. Esse desequilíbrio prejudicaria até mesmo a produção agropecuária, que está diretamente ligada a tais fatores ambientais.
O QUE É UM MÓDULO FISCAL?
É uma unidade de medida determinada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que varia de acordo com o estado. Ele pode medir de 5 a 110 hectares. Em Brasília, por exemplo, um módulo fiscal equivale a 20 hectares, por exemplo, e no Acre a 378 hectares.
O QUE DEVE OCORRER APÓS A VOTAÇÃO NA CÂMARA?
No passo seguinte, o projeto aprovado segue para ser votado no Senado e, após aprovado, deve ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff.

Debate sobre O Novo Código Florestal com Aldo Rebelo:


Poluição Ambiental




Existe, na natureza, um equilíbrio biológico entre todos os seres vivos. Neste sistema em equilíbrio os organismos produzem substâncias que são úteis para outros organismos e assim sucessivamente. A poluição vai existir toda vez que resíduos (sólidos, líquidos ou gasosos) produzidos por microorganismos, ou lançados pelo homem na natureza, forem superior à capacidade de absorção do meio ambiente, provocando alterações na sobrevivência das espécies. A poluição pode ser entendida, ainda, como qualquer alteração do equilíbrio ecológico existente.
A poluição é essencialmente produzida pelo homem e está diretamente relacionada com os processos de industrialização e a conseqüente urbanização da humanidade. Esses são os dois fatores contemporâneos que podem explicar claramente os atuais índices de poluição. Os agentes poluentes são os mais variáveis possíveis e são capazes de alterar a água, o solo, o ar, etc. Poluição, é portanto, uma agressão à natureza, ao meio ambiente em que o homem vive. Os efeitos da poluição são hoje tão amplos que já existem inúmeras organizações de defesa do meio ambiente.

Poluição Atmosférica

As fontes de emissão de poluentes primários e dos componentes secundários pode ser as mais variadas possíveis. A emissão de gases tóxicos por veículos automotores é a maior fonte de poluição atmosférica.
Nas cidades, esses veículos são responsáveis por 40% da poluição do ar, porque emitem gases como o monóxido e o dióxido de carbono, o óxido de nitrogênio, o dióxido de enxofre, derivados de hidrocarbonetos e chumbo. As refinarias de petróleo, indústrias químicas e siderúrgicas, fábricas de papel e cimento emitem enxofre, chumbo e outros metais pesados, e diversos resíduos sólidos.
A identificação de uma fonte de poluição atmosférica, depende, antes de mais nada, dos padrões adotados para definir os agentes poluidores e seus efeitos sobre homens, animais, vegetais ou materiais outros, assim como dos critérios para medir os poluentes e seus efeitos.
Essas alterações provocam no homem distúrbios respiratórios, alergias, lesões degenerativas no sistema nervoso, e em órgãos vitais, e câncer. Em cidades muito poluídas, esses distúrbios agravam-se no inverno com a inversão térmica, quando uma camada de ar frio forma uma redoma na alta atmosfera, aprisionando o ar quente e impedindo a dispersão dos poluentes.
Sem indicar a que nível estamos interessados a conversar a qualidade do ar, é impossível controlar as fontes de poluição. Outros fatores a considerar são de natureza social (pressão de grupos), ambientais (Sinergismos ou antagonismos) e mesmo pessoal como suscetibilidade de indivíduos ou grupos, e vários outros.

Efeitos da Poluição Atmosférica

O homem, mergulhado na atmosfera que os cerca, faz passar por seus pulmões, em média, 12m3 de ar, por dia. Este ar mergulha no sistema respiratório, atingindo as regiões mais profundas, tomando contato com os alvéolos pulmonares, irrigando uma área de mais de 70m2. O ar deverá transportar o vital oxigênio, mas poderá também levar outros gases menos saudáveis, além de material particulado de tamanho suficiente para atingir os alvéolos, e destes serem removidos e levados para as regiões onde podem ser absorvidos, ou onde vão produzir ação irritante mais ou menos acentuada.
As defesas naturais do homem, contra as impurezas do ar, são muito precárias, entre elas podemos citar:
  • Secreção mucosa das vias aéreas superiores, que tende aglutinar as partículas sólidas e fixar gases e vapores;
  • Cilhos que vão desde a traquéia até os brônquios com a finalidade de levar as partículas inaladas em direção a faringe;
  • Movimento peristálticos bronquíolos, colaborando na eliminação de partículas;
  • Forma peculiar das fossas nasais, fazendo com que as partículas de maior tamanho sejam precipitadas sobre a base da língua;
  • Espasmos das cordas vocais e da musculatura brônquica, procurando evitar a penetração de impurezas nas partes mais profundas das vias aéreas;
Reflexos de tosse e espirro, criando violentas correntes de ar com a finalidade de expulsar substâncias estranhas das vias aéreas.
A determinação da influência da poluição do ar na saúde humana e extremamente complexa e difícil. Exige uma avaliação quantitativa e qualitativa de um grande numero de fatores, tais como a concentração de poluente, duração da exposição, localização da sua atuação, efeitos sinergéticos ou antagônicos, tudo aliado à influência de fatores meteorológicos.
Salvo as exceções de casos graves específicos, não há prova científica de que a poluição atmosférica, seja capaz, por si só de causar doença.
Os efeitos sobre a saúde do homem podem ser avaliados em quatro níveis:
  • Ausência de efeitos biológicos apreciáveis pelos métodos atuais de investigação;
  • Irritação dos órgãos sensoriais;
  • Efeitos adversos sobre função biológica, podendo chegar a doenças crônicas;

Poluição Das Águas

A poluição das águas tem sido um problema para a nossa sociedade, e é tempo de por fim a todo o custo este assunto. Nestes últimos anos o governo tem tentado ensibilizar a opinião pública para esta situação que tem vindo a agravar-se devido há falta de fundos. Também as indústrias, que cada vez fazem mais poluição sem qualquer medida proteccionista contribuem fortemente para o problema sem qualquer multa por parte do Governo. Nós neste trabalho vamos falar nas formas de poluição aquática no mundo e e no Brasil. Também vamos falar dos poluentes da água e os seus perigos para a sociedade. Durante um longo período de tempo, a introdução dos poluentes nos oceanos poderá conduzir a uma acumulação de substâncias tóxicas, a longo prazo, disseminando mortandade e contaminação de seres vivos do oceano. Uma vez chegado a isto, não há hipótese de voltar atrás mas não vamos deixar que isto se alastre para causas muito piores do que aquelas que já existem por isso contamos com a colaboração de toda a sociedade e começar a sensibilizar a sociedade escolar, ou seja, mais os alunos que serão o futuro de amanha para não continuarem a poluir como os nossos antepassados poluíram.
A maior parte dos poluentes atmosféricos reage com o vapor de água na atmosfera e volta à superfície sob a forma de chuvas, contaminando, pela absorção do solo, os lençóis subterrâneos. Nas cidades e regiões agrícolas são lançados diariamente cerca de 10 bilhões de litros de esgoto que poluem rios, lagos, lençóis subterrâneos e áreas de mananciais.
Os oceanos recebem boa parte dos poluentes dissolvidos nos rios, além do lixo dos centros industriais e urbanos localizados no litoral. O excesso de material orgânico no mar leva à proliferação descontrolada de microrganismos, que acabam por formar as chamadas "marés vermelhas" - que matam peixes e deixam os frutos do mar impróprios para o consumo do homem. Anualmente 1 milhão de toneladas de óleo se espalham pela superfície dos oceanos, formando uma camada compacta que demora para ser absorvida.
Desde há muito que os peritos marinhos e aquáticos argumentam que todos os novos compostos introduzidos no nosso mar e rios deveriam ser considerados potencialmente letais. Eis um testemunho desses peritos:
"No dia seguinte navegávamos sob vento fraco através de um oceano onde a água límpida estava cheia de massas flutuantes e negras de alcatrão, aparentemente sem fim... O Atlântico já não era azul, mas sim cinzento esverdeado e opaco, coberto de coágulos de petróleo que variavam de tamanho, desde a cabeça de um alfinete até às dimensões de uma sanduíche. No meio do lixo, flutuavam garrafas de plástico.
Poderíamos estar num sujo porto citadino... Tornou-se claro para nós que a humanidade estava realmente a poluir a sua mais vital nascente, o indispensável filtro do nosso planeta, o oceano."
Parte da poluição é muito visível: rios espumosos, um brilho oleoso à superfície de um lago, cursos de água atulhados de lixo doméstico (como é o caso do nosso rio Douro). Mas grande parte é invisível. Lagos afectados pelas chuvas ácidas podem ainda parecer muito bonitos mas sem vida.
Infelizmente a agressão ao nosso ambiente aquático não acaba aqui. Nos mares, lagos e rios existe uma enorme diversidade de espécies diferentes muitas das quais fornecem à humanidade muita comida nutritiva. Não existiam ameaças a esta fonte de alimentos antes do séc. XIX. Quando navios maiores e técnicas piscatórias mais eficientes, começaram a provocar um sério desgaste nas populações reprodutoras. Desde a baleia de oceano até ao mais pequeno crustáceo de água doce tem sido dizimado pelo Homem.
A difusão de lixo marítimo de pólo a pólo torna necessária uma vigilância internacional.
Os navios que derramam impunemente petróleo e poluentes químicos na água dos oceanos. Mas embora as descargas e derrames de petróleo no alto mar tenham efeitos locais importantes, estas águas encontram-se livres dos piores efeitos da poluição.
As principais áreas de preocupação são as que se encontram próximo de terra e de aglomerados humanos. É aqui que a poluição se concentra, é também aqui que se encontra a maioria de vida marinha, nas plataformas continentais.
O lixo da sociedade tornou-se uma praga para a vida marinha. As tartarugas marinhas e as baleias ingerem sacos de plástico, que tomam por medusas, provocando-lhe a morte por asfixia. Uma vez, encontrou-se um cachalote com 50 sacos de plásticos entalados na garganta. As aves marinhas ingerem pequenas bolas de polietileno que flutuam à superfície do mar; as aves sentem-se fartas e isso impede-as de se alimentarem adequadamente. Não conseguem engordar e, assim, a sua aptidão para sobreviverem é reduzida.
Nas ilhas Aleutas, no Pacífico Norte, a população de focas tem diminuído 10%, não devido à caça ou à diminuição das reservas de peixes, mas por serem apanhadas por precintas plásticos de embalagem e por tiras plásticas que mantêm unidas as latas de bebidas. Anualmente, um milhão e meio de quilômetros de redes de pesca, de "nylon" (conhecidas por "a cortina da morte"), são lançadas ao mar e cerca de 100 quilômetros de rede acabem por perder-se. Essas "redes - fantasmas" continuam a pescar, sem governo. Capturam e provocam o afogamento de tartarugas marinhas, focas, aves marinhas, golfinhos e baleias. A partir de finais de 1988, deverá ter entrado em vigor um tratado internacional que tornará ilegal o despejo de matérias plásticas ou redes de "nylon" no mar.
A poluição das águas fluviais são, hoje, constantemente agredidas pelo excesso de poluentes derramados e despejados destas águas. Os constantes despejos de esgotos das fábricas e dos centros urbanos estão carregados de substâncias que podem constituir causa séria de poluição como por exemplo: ovos de parasitas, fungos, bactérias, e vírus que ocasionam doenças como tifo, tuberculose, hepatite e cólera. A poluição marinha se dá principalmente pelo derramamento de petróleo em caso de vazamentos e acidentes com petroleiros.

As grandes formas de poluição aquática

Esgotos pluviais e escoamento urbano - Escoamento de superfícies impermeáveis incluindo ruas, edifícios e outras áreas pavimentadas para esgotos ou tubos antes de descarregarem para águas superficiais.
Industrial - Fábricas de polpa e de papel, fábricas de químicos, fábricas de têxteis, fábricas de produtos alimentares...
Agrícola - Excesso de fertilizantes que vão infiltrar-se no solo e poluir os lençóis de água subterrâneos e por sua vez os rios ou ribeiros onde estes vão dar Extração de recursos Minas... - Modificações hidrológicas Canalizações, construção de barragens...

A Poluição Térmica

A poluição térmica decorre do lançamento, nos rios, da água aquecida usada no processo de refrigeração de refinarias, siderúrgicas e usinas termoelétricas. Para os seres vivos, os efeitos da temperatura dizem respeito à aceleração do metabolismo, ou seja, das atividades químicas que ocorrem nas células. A aceleração do metabolismo provoca aumento da necessidade de oxigênio e, por conseguinte, na aceleração do ritmo respiratório. Por outro lado, tais necessidades respiratórias ficam comprometidas, porque a hemoglobina tem pouca afinidade com o oxigênio aquecido. Combinada e reforçada com outras formas de poluição ela pode empobrecer o ambiente de forma imprevisível.

Poluição do Litoral

Outrora, pensava-se que as substâncias residuais despejadas no mar se diluiriam e desapareceriam para sempre. Porém, essas substâncias permanecem, em movimento, no mar. As correntes deslocam os desperdícios de um lado para o outro, concentrado-os aqui e diluindo-os ali. As correntes ascendentes, nas áreas onde a água fria das profundezas sobe à superfície, podem trazer à luz resíduos perigosos, enterrados em locais que se pensava serem seguros. O litoral brasileiro nos últimos anos, vem sendo constantemente agredido pelo homem. Um dos maiores problemas é a poluição pelo derramamento de petróleo a partir de navios petroleiros ou, mesmo, devido a acidente com estes navios ou com oleodutos litorâneos.
Os litorais de São Paulo e Rio de Janeiro são os mais agredidos por esse tipo de poluição, dada a grande concentração demográfica e industrial nestes estados, exigindo-se grandes desembarques de petróleo nesta área, principalmente no terminal marítimo da Petrobrás em São Sebastião (SP). O vazamento de petróleo no mar implica no aparecimento da chamada "maré negra", que mata os peixes de toda a região poluída e escurece toda a areia da praia afetada. Além do petróleo, algumas indústrias químicas localizadas no litoral costumam despejar seus detritos no mar, poluindo as praias e causando grande mortalidade da fauna marinha. Outro sério problema enfrentado pelo litoral brasileiro é o despejo de dejetos, fazendo com que muitas praias se tornem um grande esgoto a céu aberto.

Poluição Radioativa

Desde o início da era atômica, as centenas de experiências com material nuclear têm jogado quantidades enormes de resíduos radioativos na atmosfera. As orrentes de ar, por sua vez, se encarregam de distribuir este material para todas as regiões da Terra. Com o tempo, a suspensão é trazida para o solo e para os oceanos, onde será absorvida e incorporada pelos seres vivos.
Além da liberação direta de material radioativo, existe o grave problema do lixo atômico, produzido pelas usinas nucleares, que apresenta uma série de dificuldades em seu armazenamento.
O estrôncio-90 radioativo liberado por vazamentos ou explosões nucleares pode causar sérios problemas quando assimilado. Uma vez na corrente sangüínea, ele é confundido com o cálcio (ver a distribuição ambos na tabela periódica) e absorvido pelo tecido ósseo, onde será fixado. Agora fazendo parte dos ossos, ele emite sua radiação e acabará por provocar sérias mutações cancerígenas nos tecidos formadores de sangue encontrados na medula óssea.

Principais elementos radioativos

  • IODO 131
  • PLUTÔNIO 239
  • ESTRÔNCIO 90
  • URÂNIO
  • COBALTO
  • CÁLCIO

Energia Nuclear

Nos anos 50, este tipo de energia se apresentava como a solução energética ideal para a humanidade. Porém, depois de vários acidentes, entre os quais o da usina Chernobyl (Ucrânia) na década de 80, passou a ser muito questionada a sua utilização. Os riscos de explosão e contaminação são grandes, o que torna temerária sua utilização.
Vários países, como os EUA, a Inglaterra, o Japão, a Rússia e outros, utilizaram usinas termonucleares. Porém, outros, como a Suécia, a Noruega e Alemanha, têm desativado seus programas nucleares e até mesmo desmontando usinas.
O programa nuclear brasileiro, desde sua implantação, foi muito questionado, por vários motivos.
Atualmente, o Brasil têm uma usina termonuclear em funcionamento em Angra dos Reis (RJ). Desde o início da era atômica, as centenas de experiências com material nuclear têm jogado quantidades enormes de resíduos radioativos na atmosfera. As correntes de ar, por sua vez, se encarregam de distribuir este material para todas as regiões da Terra. Com o tempo, a suspensão é trazida para o solo e para os oceanos, onde será absorvida e incorporada pelos seres vivos.
Fonte: www.infocefet.hpg.com.br

segunda-feira, maio 09, 2011

Pegada Ecológica

O uso excessivo de recursos naturais, o consumismo exagerado, a degradação ambiental e a grande quantidade de resíduos gerados são rastros deixados por uma humanidade que ainda se vê fora e distante da Natureza.

A Pegada Ecológica não é uma medida exata e sim uma estimativa. Ela nos mostra até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta de oferecer, renovar seus recursos naturais e absorver os resíduos que geramos por muitos e muitos anos.
A Pegada Ecológica de um país, de uma cidade ou de uma pessoa, corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e de mar, necessárias para gerar produtos, bens e serviços que sustentam determinados estilos de vida. Em outras palavras,a Pegada Ecológica é uma forma de traduzir, em hectares (ha), a extensão de território que uma pessoa ou toda uma sociedade “utiliza” , em média, para se sustentar.
Para calcular as pegadas foi preciso estudar os vários tipos de territórios produtivos (agrícola, pastagens, oceanos, florestas, áreas construídas) e as diversas  formas de consumo (alimentação, habitação, energia, bens e serviços, transporte e outros). As tecnologias usadas, os tamanhos das populações e outros dados, também entraram na conta.

Cada tipo de consumo é convertido, por meio de tabelas específicas, em uma área medida em hectares. Além disso, é preciso incluir as áreas usadas para receber os detritos e resíduos gerados e reservar uma quantidade de terra e água para a própria natureza, ou seja, para os animais, as plantas e os ecossistemas onde vivem, garantindo a manutenção da biodiversidade.
Composição da Pegada Ecológica:
            TERRA BIOPRODUTIVA: Terra para colheita, pastoreio, corte de madeira e outras atividades de grande impacto
             MAR BIOPRODUTIVO: Área necessária para pesca e extrativismo.
            TERRA DE ENERGIA: Área de florestas e mar necessária para a absorção de emissões de carbono
            TERRA CONSTRUÍDA: Área para casas, construções, estradas e infra-estrutura.
            TERRA DE BIODIVERSIDADE: Áreas de terra e água destinadas à preservação da biodiversidade

De modo geral, sociedades altamente industrializadas, ou seus cidadãos, “usam” mais espaços do que os membros de culturas ou sociedades menos industrializadas.

Suas pegadas são maiores pois, ao utilizarem recursos de todas as partes do mundo, afetam locais cada vez mais distantes, explorando essas áreas ou causando impactos por conta  da geração de resíduos.

Como a produção de bens e consumo tem aumentado significativamente,
o espaço físico terrestre disponível já não é suficiente para nos sustentar no elevado padrão atual.

Para assegurar a existência das condições favoráveis à vida precisamos viver de acordo com a “capacidade” do planeta, ou seja, de acordo com o que a Terra pode fornecer e não com o que gostaríamos que ela fornecesse. Avaliar até que ponto o nosso impacto já ultrapassou o limite é essencial, pois só assim poderemos saber se vivemos de forma sustentável.


Construções Ecologicas

Construção ecológica”, “construção sustentável”, "arquitetura bioclimática". Todos estes conceitos estão relacionados a uma ocupação inteligente do espaço construído de forma harmônica com o meio ambiente. Entretanto, cada um tem suas particularidades e seus focos de trabalho diferenciados.
A arquitetura bioclimática tem como foco principal o conforto e bem-estar do morador/usuário através da adaptação da construção ao clima local gerando um melhor aproveitamento energético. A construção sustentável visa a redução do impacto ambiental da construção através da utilização de técnicas, materiais e tecnologias menos agressivas antes, durante e depois da obra, que garantam a sustentabilidade do empreendimento através do uso de materiais duráveis, reuso de água e formas alternativas de energia. Já a construção ecológica, embora tenha o mesmo objetivo da anterior, possui uma estratégia diferente através da utilização de materiais disponíveis no próprio local da construção, além de defender a integração da construção com a paisagem de forma a causar o menor impacto visual possível. É desta última que trataremos aqui.
A arquitetura ecológica tem como objetivo principal a utilização de materiais disponíveis no próprio local de construção confeccionados de maneira artesanal ou semi-artesanal e que usam, na maioria das vezes, materiais renováveis como palha e fibras vegetais (a terra, muito usada neste tipo de construção, não é renovável, porém pode ser reutilizada inúmeras vezes). Um exemplo são os esquimós que usam o gelo, os índios que usam a terra, e vários outros exemplos de povos tradicionais que dispunham apenas de recursos locais. É quase que uma conseqüência que essas construções mantenham uma integração com o ambiente local, interferindo minimamente na paisagem.
Claro que ninguém terá de morar em um iglu. Alguns exemplos de construções modernas que seguem o conceito de construção ecológica podem ser vistas na Alemanha, EUA e México por exemplo.
Aqui no Brasil, a prática ainda é pouco difundida e sofre um certo preconceito embora tenha sido largamente empregada em cidades históricas que tem várias casas feitas de adobe.
Na verdade, trata-se de um resgate de técnicas construtivas tradicionais que utilizam materiais feitos basicamente de terra (alguns utilizam terra e cimento em pequenas quantidades, outros utilizam terra e fibras vegetais, e etc.) e por isso, com praticamente nenhum impacto ambiental. É claro que as técnicas evoluíram e hoje, contamos com opções diversas de materiais e acabamentos que permitem um visual muito mais arrojado que antigamente além de maior durabilidade, embora as cidades históricas não deixem negar que estes materiais já são bastante resistentes: na Alemanha, na cidade de Weilburg, está o prédio mais alto da Europa construído de terra crua (taipa-de-pilão). Com 7 andares, o prédio já resistiu a um incêndio e tem quase 200 anos.
Alguns outros materiais que podem ser utilizados em construções ecológicas são: madeiras, pedras, adobe (blocos de terra crua que não passam pelo processo de cozimento dos tijolos convencionais), cob (mistura de barro com fibras vegetais sovados muito usado na Inglaterra), terra-palha ou somente palha prensada na forma de blocos (strawable), calfetice (barro, cal, cimento e fibra vegetal misturados), super-adobe (mistura tipo adobe apiloada em sacos de polipropileno). Cada material exige cuidados específicos para sua utilização e manutenção e oferecem possibilidades diferenciadas de trabalho.
Da mesma forma que na construção sustentável, na construção ecológica não podem faltar medidas para economia no uso da água, eficiência energética e gerenciamento de resíduos, assim como, é importante observar sempre se os materiais utilizados foram extraídos de forma sustentável (sem desmatamento e outras degradações).

Agenda 21

O Desenvolvimento Sustentável do Planeta é um compromisso assumido por mais de 170 países na Conferência realizada durante a Rio-92, no Rio de Janeiro.

Nesta Conferência, a implantação da Agenda 21, foi o mais importante compromisso firmado entre os países, onde mais de 2.500 recomendações práticas foram estabelecidas tendo como objetivo preparar o mundo para os desafios do século XXI.

A Agenda 21 é um programa de ação, baseado num documento de 40 capítulos, que se constituí na mais ousada e abrangente tentativa já realizada, em promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Trata-se, portanto, de um documento consensual resultante de uma série de encontros promovidos pela Organização das Nações Unidas, com o tema “Meio Ambiente e suas Relações com o Desenvolvimento”. O ponto central nesse processo é o levantamento das prioridades do desenvolvimento de uma comunidade e a formulação de um plano de ação, tendo em vista a sustentabilidade e a integração dos aspectos sociais, econômicos, ambientais e culturais, dentro de uma visão abrangente, ou seja, em longo prazo. A Agenda 21 é sem dúvida alguma, um importante instrumento nesse caminho de mudanças.

Podemos dizer, que o objetivo da Agenda 21 é o de promover o Desenvolvimento Sustentável. Isto significa que devemos melhorar a qualidade de vida do futuro, adotando iniciativas sociais, econômicas e ambientais que nos levem a um planejamento justo, com vistas a atender às necessidades humanas enquanto se planeja cuidadosamente os diferentes usos dos recursos naturais, possibilitando assim, o mesmo direito às gerações futuras.

Para atingir tal objetivo, as cidades têm a responsabilidade de implementar as Agendas 21 Locais, através de um processo participativo e multissetorial, visando a elaboração de um plano de ação para o desenvolvimento sustentável do Município.

O que é a Agenda 21 Local?

A Agenda 21 Local serve para alcançar os objetivos propostos na Agenda 21 Nacional publicada no ano de 2002, visando melhorar a qualidade de vida de toda a população, sem comprometer as gerações futuras, tornando os Municípios e localidades mais humanas e saudáveis.

Com a Agenda 21 Local a comunidade se organiza, aprende, discute, identifica suas potencialidades e dificuldades e ainda, propõe soluções com o objetivo de concretizar o sonho de uma vida melhor.

A construção da Agenda 21 Local não é uma tarefa somente do poder público. É um pacto de toda a sociedade, um compromisso de cada cidadão com a qualidade de vida do seu bairro, da sua cidade, enfim, do nosso planeta.

Uma pequena ação positiva ou negativa em sua comunidade refletirá em sua cidade, conseqüentemente sua cidade em seu estado, seu estado em seu país e seu país em todo o mundo. Ou seja, a atitude de cada cidadão é de extrema importância para o presente e o futuro do planeta. Por isso é que se diz: “Pensar globalmente, agir localmente”.

A participação efetiva da sociedade de forma coletiva e pactuada é, sem dúvida alguma, o diferencial que poderá superar os desafios a serem enfrentados e, fundamentalmente, assegurar que esse resultado seja utilizado como um instrumento norteador para o desenvolvimento local.

 O que é a Agenda 21 Global?

É um plano de ação estratégico, que constitui a mais ousada e abrangente tentativa já feita de promover, em escala planetária, novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.

Trata-se de decisão consensual extraída de documento de quarenta capítulos, para o qual contribuíram governos e instituições da sociedade civil de 179 países, envolvidos, por dois anos, em um processo preparatório que culminou com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - CNUMAD, em 1992, no Rio de Janeiro, conhecida por ECO-92.

Apesar de ser um ato internacional, sem caráter mandatório, a ampla adesão aos seus princípios tem favorecido a inserção de novas posturas frente aos usos dos recursos naturais, a alteração de padrões de consumo e a adoção de tecnologias mais brandas e limpas, e representa uma tomada de posição ante a premente necessidade de assegurar a manutenção da qualidade do ambiente natural e dos complexos ciclos da biosfera.

Além da Agenda 21, resultaram desse processo quatro outros acordos: Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; Declaração de Princípios sobre o Uso das Florestas; Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica; e Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Positivismo

O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no começo do século XIX. Os principais idealizadores do positivismo foram os pensadores Augusto Comte e John Stuart Mill. Esta escola filosófica ganhou força na Europa na segunda metade do século XIX e começo do XX, período em que chegou ao Brasil.

O positivismo defende a idéia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos.

Os positivistas não consideram os conhecimentos ligados as crenças,
superstição ou qualquer outro que não possa ser comprovado cientificamente. Para eles, o progresso da humanidade depende exclusivamente dos avanços científicos.
Para Comte, o método positivista consiste na observação dos fenômenos, subordinando a imaginação à observação. O fundador da linha de pensamento sintetizou seu ideal em sete palavras: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático. Comte preocupou-se em tentar elaborar um sistema de valores adaptado com a realidade que o mundo vivia na época da Revolução Industrial, valorizando o ser humano, a paz e a concórdia universal.

O positivismo teve fortes influências no Brasil, tendo como sua representação máxima, o emprego da frase positivista “Ordem e Progresso”, extraída da fórmula máxima do Positivismo: "O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim", em plena bandeira brasileira. A frase tenta passar a imagem de que cada coisa em seu devido lugar conduziria para a perfeita orientação ética da vida social.
O positivismo teve muita influência na literatura brasileira, por exemplo, influenciou escritores naturalistas como Aluísio de Azevedo e Raul Pompéia.


Embora o positivismo tenha tido grande aceitação na Europa e também em outros países, como o Brasil, e talvez seja, a base do pensamento da sociologia, as idéias de Comte foram duramente criticadas pela tradição sociológica e filosófica marxista, com destaque para a
Escola de Frankfurt.

Auguste Comte

Nome Completo 
Isidore Auguste Marie François Xavier Comte
Quem foi
Augusto Comte foi um importante filósofo e sociólogo francês do século XIX. É considerado o criador do Positivismo e da disciplina Sociologia.
Nascimento
Augusto Comte nasceu na cidade de Montpellier (França) em 19 de janeiro de 1798.
Morte
Augusto Comte morreu na cidade de Paris (França) em 5 de setembro de 1857.
Principais realizações
- Criou a disciplina Sociologia;
- Criou a corrente filosófica, política e científica conhecida como Positivismo;
- Idealizou o conceito político da Lei dos Três Estados;
- Fez grandes colaborações para o desenvolvimento da filosofia humanista.
Principais obras
- Opúsculos de Filosofia Social (1816-1828)
- Curso de filosofia positiva, (1830-1842)
- Discurso sobre o espírito positivo (1848)
- Discurso sobre o conjunto do Positivismo (1851)
- Sistema de política positiva (1851-1854)
- Catecismo positivista (1852)
- Apelo aos conservadores (1855)
- Síntese subjetiva (1856)
- Correspondência (1816-1857)
Frases
- "Muito mais do que o interesse é o orgulho que nos divide ".
- "Os céus proclamam a glória de Kepler e Newton ".
- "Conhecimento é poder."
- "Só os bons sentimentos podem vir juntos, os juros nunca forjou uma ligação duradoura. "
- "Viver para os outros é não somente um ato de dever, mas também um ato de felicidade . "